A desigualdade salarial entre sexos no Brasil é um assunto recorrente em diversos estudos, principalmente pelo assustador fato de que a mulher brasileira, apesar de ter alcançado patamares educacionais superiores, ainda recebe salários inferiores aos dos homens em uma mesma categoria profissional. Seria justo que ambos os sexos recebessem salários iguais ou aproximados perante a mesma formação, e não desiguais. Mas como anda essa disparidade salarial? Por meio das estatísticas do Programa de Disseminação de Estatísticas do Trabalho (PDET) e do DataViva, é possível analisar alguns grupos ocupacionais por sexo.
O primeiro grupo analisado corresponde aos profissionais da ciência e das artes (grupo 2). São pesquisadores e profissionais policientíficos; profissionais das ciências exatas, físicas e da engenharia; profissionais das ciências biológicas, da saúde e afins; profissionais do ensino; profissionais das ciências jurídicas; profissionais das ciências sociais e humanas; comunicadores, artistas e religiosos. Aqui, especificamente, o foco é no subgrupo que corresponde aos profissionais da saúde.
O gráfico 1 nos mostra que no ano de 2014, em praticamente todas as ocupações, o sexo masculino possui salário superior ao feminino, exceto nas ocupações de fonoaudiologia, farmácia e assistência social, no qual acontece o inverso. Ou seja, em todas as ocupações da saúde, os dois gêneros possuem remunerações diferentes. Em destaque, as maiores desigualdades salariais ocorrem entre osteopatas e quiropraxistas, médicos em medicina diagnóstica e terapêutica, médicos em especialidades cirúrgicas e biólogos.
A frequência por ocupação (Gráfico 2) exibe que a maior parte dos profissionais de saúde são compostos pelo sexo feminino, exceto nas ocupações: osteopatas e quiropraxistas, médicos em especialidades cirúrgicas, médicos clínicos e técnicos esportistas.