Entra ano, sai ano, o curso de Medicina continua sendo um dos mais concorridos dentro das universidades brasileiras. Um candidato a futuro médico pela Fundação Universitária para Vestibular (Fuvest), em 2016, teve que encarar a concorrência de 58,75 candidatos por vaga. Na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), de acordo com divulgação do Ministério da Educação para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), Medicina apareceu com a maior nota de corte entre as opções oferecidas. Levando em conta o Sisu de 2016, foram necessários 804,16 pontos para ingressar no curso na Federal mineira, mesmo com as 160 vagas ofertadas por semestre. A segunda colocação ficou com Engenharia Aeroespacial , com 786,20 pontos.
Mesmo com toda essa procura, o curso de Medicina ocupa a 16ª posição em número de alunos matriculados. No total, são 118 mil em todo Brasil. Uma evolução de aproximadamente 20 mil matriculados entre 2009 e 2014. A principal cidade com o maior número de estudantes nessa área é o Rio de Janeiro. Com 7,68 mil estudantes matriculados, a capital carioca é responsável por 6,5% do total dos futuros médicos do país. Após o Rio, o município que mais possui alunos matriculados é São Paulo, com 6 mil (5,1% do total), seguido de Belo Horizonte, com 4,51 mil (3,8%). A universidade que mais tem alunos é a Estácio de Sá, com 3,18 mil matriculados em Medicina.
Tudo indica que essa procura pelos cursos de medicina ocorre devido à boa aceitação que o médico tem no mercado. Tanto, que se trata de um profissional bem valorizado. Os médicos clínicos, por exemplo, possuem uma renda média de R$ 7,99 mil. Essa ocupação emprega 239 mil profissionais e ocupa a 43ª posição no ranking das ocupações brasileiras. A maioria desses médicos estão empregados na Administração Pública, representando 55% do total, seguido do atendimento hospitalar, com 21%. O município brasileiro que mais emprega nessa ocupação é São Paulo (SP), com 38,2 mil empregos.